Marcelo Sicoli

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Colunista desde: 12/2022

Site: www.enterbrazil.com

SOBRE O RESPONDEDOR:

Marcelo Sicoli é Corretor de imóveis com formação em Relações internacionais, está entre os TOP 500 corretores(as) com conhecimentos em Negociação, Financiamento, Documentação, Locação, Imóveis e etc, possuindo um total de 2 artigos publicados e mais 189 respostas em nosso fórum. Está no mercado imobiliário desde 2013 atuando principalmente nos bairros Sudoeste, Cruzeiro, Asa sul, Asa norte e Lago sul,

Elevador de Shabat no Condomínio*

Imóveis

Elevador de Shabat no Condomínio*

25/09/2023

Elevador de Shabat no condomínio* Técnicas construtivas e tecnologias embarcadas nos imóveis evoluem tão rápido que requerem constantes atualizações dos profissionais que operam no segmento imobiliário: arquitetos, engenheiros, trabalhadores de construção civil, equipe de manutenção predial e também corretores de imóveis. O jargão específico do segmento imobiliário varia de estado para estado, e tem diversos “glossários/dicionários” disponíveis em fácil consulta pela internet.  Aqui no Distrito Federal, teríamos algumas específicas como casa em Ponta de Picolé (imóvel localizado na beira do Lago Paranoá) ou as transações de “corda de caranguejo” e “farofada”, ambas indicando muitos intermediários envolvidos entre o comprador e o vendedor. Recentemente em anúncio de apartamento de alto padrão na cidade de São Paulo, vimos referência ao andamento do processo de instalação de Elevador de Shabat. Desconhecíamos o conceito. Um elevador de Shabat funciona em um modo especial, operando automaticamente, para satisfazer a lei judaica que exige que os judeus se abstenham de operar interruptores elétricos no Shabat, dia sagrado. É o sétimo dia da semana na religião judaica e dedicado inteiramente ao descanso, começando com o pôr-do-sol na sexta-feira e término ao anoitecer do sábado. Normalmente, o elevador é programado para ir ao último andar do prédio e na descida, ir parando andar por andar. Há grandes hotéis nos EUA, com elevadores específicos com esta configuração e placa indicativa para acesso. Sobre elevadores, nota-se tendência em novos prédios de grande altura, de pequenos elevadores de carga, comuns em restaurantes, para entregas de comida, correspondências ou pequenos itens; agiliza o transporte e evita os acessos de entregadores a áreas privativas, ao que tudo indica, mais uma das tendências tecnológicas que veio para ficar. Um prédio em construção no bairro de Águas Claras (LET Parque), nos surpreendeu que além da unidade decorada com a assistente virtual Alexa em pleno trabalho, há outra também disponível para visita, com pequenos cortes ou acessos de vidro, onde é possível ver a espessura e acabamentos de paredes e pisos, distribuição de cabos elétricos e de dados e tubulações, sendo que as do banheiro especialmente, revestidas com material para evitar a propagação de som no trânsito da água. Certamente mais uma das inovações de marketing. No que tange a automação acompanhamos a evolução de portarias eletrônicas e difusão da biometria, apps e redes sociais privativas, gestão de informações na nuvem, sistemas de geração de energia especialmente a solar/fotovoltaica,  aquecimento de água para banho com bombas de calor, armários inteligentes, veículos elétricos, veículos compartilhados (bicicletas, patinetes, motos e carros), extinção de cartões de acesso e controle remotos de pilha por softwares de leituras de placas ou tags dentre muitos outros.  Espaço de convivência para os Pets também passam a ocupar relevante espaço em futuros projetos. Afirmação:  A compra do primeiro imóvel é feita por aqueles em média com 30 anos de idade, renda e bom emprego. Pensa em se casar e ter filhos. Pergunta: Isso é válido para 2024 em diante? O sonho da casa própria está nas mentes destas futuras gerações? Ou pensa-se em vida mais dinâmica, sem raízes fixas, vivendo em diferentes partes do planeta Terra, os famosos nômades digitais?  Comprar um imóvel e imobilizar dinheiro é besteira, já que o mesmo pode ser usado para alavancagens diversas ou investimentos mais agressivos e menos tradicionais como as criptomoedas, BDRs e NFTs? A proporção de idosos na sociedade é crescente. Há surgimento e consolidação de novos gêneros sexuais, em detrimento ao antigo masculino e feminino. Condomínios e estruturas privadas como academias de musculação serão projetados tendo em vista estes parâmetros? Ondas de calor são mais intensas e com maior duração. Volumes de chuvas e água são vistos em patamares inéditos em certas cidades. Quais as mudanças trazidas em novos e velhos projetos no que tange ao urbanismo e suas edificações em constantes releituras?  O mundo continua em transformação e suas inovações impactando significativamente nossa forma de viver, habitar e interagir com a cidade. Fica o convite para reflexão.   *Marcelo Sicoli – Consultor internacional, corretor de imóveis no DF e Goiás. Conselheiro do CRECI-DF. Mídias sociais/YouTube: @marcelosicoli  www.enterbrazil.com   Rafael Sathler – Arquiteto e Urbanista no DF e Goiás. Especialista em soluções arquitetônicas e projetos. Diretor de projeto e negócios em RSAI Arquitetura.  Mídias sociais: @rsai.arquitetura;  www.rsai.com.br

Imóveis para Moradia, Lazer ou Investimento no Exte

Imóveis

Imóveis para Moradia, Lazer ou Investimento no Exte

15/12/2022

Pense em imóveis para moradia, lazer ou investimento no exterior *       Em agosto de 2022, a profissão de corretor de imóveis completou 60 anos no Brasil. Atualmente, são cerca de 600 mil profissionais em atividade no País, regulados pelos CRECIs (conselhos regionais), que são autarquias públicas federais. Apesar de a profissão ter uma barreira de entrada simples, que é um curso técnico de curta duração, a atividade dos corretores é complexa. Envolve conhecimentos de direito imobiliário e sucessório, arquitetura, engenharia, estragégias de venda, economia, financiamento, etc. Mais recentemente, também se tornou necessário conhecer técnicas de produção e edição de fotografia e vídeo, marketing digital e tráfego pago. Seduzidos por sonhos de altas comissões, muitos corretores abandonam a profissão após poucos anos de atividade. O mercado imobiliário brasileiro é competitivo e muitas vezes desleal. É perigoso em alguns sentidos, seja pela ação de contraventores (indivíduos sem habilitação) por vezes autuados por exercício ilegal da profissão e mesmo em razão de criminosos que praticam estelionato, furto ou roubo.      A forma de  divulgar imóveis e angariar clientes evoluiu muito nos últimos 10 anos, com a difusão e consolidação das chamadas “mídias sociais”, portais imobiliários e realidades paralelas dos metaversos.  Além de boas fotos (que hoje podem ser obtidas com um bom celular), vídeos cada vez mais bem produzidos e profissionais ajudam os possíveis compradores a entenderem melhor as características daquele determinado apartamento, casa, fazenda ou sala comercial. Além disso, corretores indiretamente geram atividade lúdica para entusiastas em arquitetura e design de interiores que simplesmente querem ser guiados gratuitamente pelas centenas de imóveis fantásticos disponíveis em todo Brasil na tela da TV, celular ou computador. Escrevo em dezembro 2022, do centro do Brasil, mais especificamente da capital brasileira, com fortes indefinições sobre a política e economia no âmbito federal, manifestações de rua constantes por diferentes grupos e questionamentos do resultado eleitoral. Há latente tensão entre os principais espectros políticos. É hora de olhar para fora: ver oportunidades de investimento no cenário internacional. Naturalmente são limitadas a um percentual pequeno de brasileiros com elevado poder aquisitivo. Há os que buscam uma segunda residência no exterior, diversificação de investimentos (dolarização/eurização), ou mesmo se mudar em definitivo do País. Neste sentido, Portugal e Estados Unidos continuam sendo os destinos mais visados. Em novembro 2022, fiz uma bem sucedida ligação da minha graduação finalizada há mais de 20 anos em Relações Internacionais com o mercado imobiliário. Concluí a formação de CIPS – Certified International Property Specialist (especialista em negócios imobiliários internacionais) que leva a chancela da mundialmente famosa NAR – National Association of Realtors, principal associação de corretores de imóveis dos EUA. O curso contava com profissionais brasileiros que atuam no Brasil, Portugal e EUA, além de portugueses trabalhando em sua terra natal e demais países europeus. Foi uma rica oportunidade de networking e de conhecer diferentes mercados que foram abordados ao longo da formação. Os brasileiros que vendem imóveis no Brasil, espalhados em todo território, objetivam vender com mais qualidade seus imóveis em cidades turísticas e litorâneas, como Rio de Janeiro, Búzios e Fortaleza, bem como regiões fortes em agronegócio e mineração. Também são vendidos imóveis de destinos do chamado altíssimo padrão no interior de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mais especificamente em Balneário Camboriú. Adicionalmente, objetivam fazer pontes de seus clientes em solo verde-amarelo com o exterior. Somente 348 brasileiros possuem a formação CIPS, ou seja, 0,058% do total ! Paradoxalmente, em 2021, a Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis aponta o Brasil como a segunda melhor opção para investimento em imóveis comerciais. A meu ver, há poucos vendedores qualificados para tanto potencial. Na visão de um corretor brasileiro, notei como nos mercados europeus e estadunidense, as relações comerciais entre corretores de imóveis e clientes, e mesmo entre colegas de profissão, é muito mais civilizada, formal e respeitosa. Nestes mercados, normalmente há um único portal, que reúne todos os imóveis listados. Transações são feitas com intermédio do corretor do comprador e do vendedor. O imóvel  é listado apenas uma única vez, diferente do Brasil, onde um mesmo “produto” pode ser encontrado em um mesmo ou vários websites, sendo anunciado por diversos profissionais e com diferentes preços. Em outros países, há uma forte preocupação ética de precificação em patamares reais e justos, e não especulativos, gerando uma maior velocidade no giro das prateleiras.  Além disso, há baixa margem de negociação sobre os preços. Ou seja, paga-se normalmente o preço da etiqueta. Aqui normalmente os imóveis recebem 10% de desconto do valor anunciado. Pelo alto tíquete dos produtos e pelo respeito que tenho pela atividade de corretagem, confesso que me incomoda as frequentes frases curtas e grossas de compradores com ofertas de 20% ou 50% de desconto, sem mesmo um “bom dia” ou “o imóvel está disponível?”.  Outra prática frequente são ofertas de permuta. Respondo a estas solicitando fotos, avaliações feitas por corretores profissionais, situação jurídica dos imóveis a serem transacionados, valor de condomínio e impostos territoriais e na maioria das vezes os especuladores somem. O fortalecimento de franquias imobiliárias multinacionais no Brasil tem ajudado a disciplinar e educar todos os atores envolvidos no mercado: vendedores, compradores, investidores, corretores de imóveis, agentes financeiros, etc. Entre abril de 2021 e março de 2022, os investidores estrangeiros aportaram US$59 bilhões no mercado dos EUA, que movimentou US$ 2,3 trilhões no período, ou 2,6% do total. Os brasileiros aparecem em quinto lugar neste ranking, com 3% do total, o equivalente a US$1,6 bilhão, sendo precedidos por indianos (5%), chineses (6%), mexicanos (8%) e canadenses em primeiro lugar com 11%, ou US$5,5 bilhões, de acordo com a NAR.  Importante notar que a legislação tributária varia muito de estado para estado norte-americano. Já em Portugal, no primeiro semestre de 2022, brasileiros e norte-americanos foram os estrangeiros que mais investiram no mercado imobiliário, representando 38% do volume total de transações envolvendo clientes estrangeiros. Os brasileiros se tornaram os principais investidores internacionais de imóveis residenciais na terra do fado em 2020, ultrapassando os franceses. O mercado movimentou 30 bilhões de euros em 2021, de acordo com a plataforma Idealista. Lisboa e Porto são os distritos que mais receberam capital externo. Lisboa absorveu 47,9% das transações. Porto recebeu 10% e os distritos de Setúbal e de Faro somaram 17,3% do volume. Além da maior disponibilidade de voos diretos Brasil – Portugal, cultura, culinária e clima agradável, o país se vangloria em ser o sexto mais seguro do mundo. Determinados patamares de investimento concedem, entre outros benefícios, o chamado “Golden Visa”, que dá possibilidade de pleitear residência permanente após o final dos 5 anos da temporária. Projeta-se que 250 mil brasileiros vivem legalmente lá. No mais, aos que leem este texto, me coloco como ponte para os que almejam investir em qualquer uma das cinco regiões brasileiras e seus 5.568 municípios, ou conhecer mais detalhes sobre faixas de investimento, melhores regiões, tipos de imóveis e até mesmo possibilidade de visto de moradia permanente nos EUA, Portugal e Europa em geral. O atendimento será feito por mim e parceiros em língua portuguesa, seja por brasileiros ou por colegas portugueses facilmente compreensíveis apesar do seu distinto sotaque. Concluindo a transação, lembre-se de me convidar para festa de inauguração do imóvel, onde quer que seja.   *Marcelo Sicoli – Consultor internacional, corretor de imóveis no DF e Goiás. Diretor de Assuntos Internacionais do  CRECI-DF. Mídias sociais e YouTube: @marcelosicoli  e-mail: [email protected]

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